Compras de produtos em fim de prazo para congelar

Que espanto de notícia para os budget-oriented! O Jumbo - o do Dolce Vita Tejo, pelo menos - remarca boa parte da carne por volta das 17h30, 18h com 50% de desconto, carnes que têm a sua data de validade para daí a um ou dois dias. Sempre que lá vou, aproveito para trazer algumas bandejas para congelar. É uma economia bestial.

Faço o mesmo com as refeições prontas do Pingo Doce: quando estão em fim de prazo, sai-me a 1,20 eur cada refeição. Congelo tudo e dá para as emergências, como num dia em que eu não faça jantar e servem de marmita para o Hugo, ou agora, que o meu irmão acordou a morrer de fome e já está para ali a descongelar bacalhau com natas. 1,20 eur por uma refeição: não são a coisa mais equilibrada que existem, mas estou a falar de emergências.

No Pingo Doce também costumam vender iogurtes em fim de prazo em conjuntos de dois, em vez de enormes bandejas a que, pelo menos numa família de três em que um odeia iogurte, nunca se consegue dar vazão antes do término do prazo de validade. Mas dois iogurtes, sim, sempre. :)

A direcção deseja aos cinco leitores deste blog

... Um Natal simples e alegre, com pouca coisa e muita gente, porque são as pessoas que interessam mesmo.
Tá bem, as pessoas e as rabanadas.

Detergente da roupa

Esta li no Yahoo! há uns bons meses, junto com outras dicas de tratamento de roupa que, como péssima dona de casa que sou, ignorei olimpicamente. Mas como esta dica mexia no meu bolso, concretamente para melhor, experimentei.

Usar sempre, e em qualquer caso, a dosagem mínima de detergente e amaciador. Eu sou daquelas que dava sempre o chorinho no fim, mais uma pinguinha de amaciador, mais uma pastilhinha de sabão. Experimentei a tal da dosagem mínima e, que incrível, a roupa saiu exactamente igual à roupa lavada com chorinho de produtos - fez-me lembrar uma dica da comunidade "Fazendo Muito com Pouca Grana", que também adoro, que diz para lavar a roupa com uma colher de sopa de detergente. Hmmm, nunca tentei, quem sabe um dia.

Ainda sobre lavagem de roupa: já me falaram muito sobre a okoball, mas li na proteste que é igual a lavar só com água, portanto, chapéu. Adoro cheirinho de detergente, os ecologistas que saibam perdoar esta pecadora.

Sobre detergente, e seguindo uma das Bíblias desta casa - O Economista Disfarçado, de Tim Hartford - uso o mais barato, bem como em quase tudo. Mas sobre isso, voltarei a falar um dia.

Juntar muitos amigos quando o dinheiro é curto

Claro que a hipótese mais em conta é o jantar comunitário, sugerido pela colher-de-pau (que amo de paixão) há uns anos. Rapidamente: jantar comunitário é aquele em que cada um/
0 leva um prato/vinho/sobremesa.

Mas, às vezes, apetece não ter de lavar pratos nem tratar de nada, e é raro achar um menu de grupo por menos de 20 euros. A minha sugestão - que inclusivemente está marcada - é um brunch. Já há muitos locais nas grandes cidades que o fazem, e quem não ADORA um bom pequeno-almoço de hotel, com panquecas, ovinhos feitos no momento, bolos quentinhos, etc?

O da minha malta será no Magnólia da Miguel Bombarda e custará, em happy hour, oito euros por cabeça - bem diferente do que gastaríamos num almoço ou jantar. E depois sempre se pode dar uma voltita na Gulbenkian para digerir as omeletes.

Nova colaboração

Com medo de que este blog se tornasse demasiado "Dona de Casa Desesperada e Perfeita em Tempo de Crise", convidei para cá dar bitaites outra pessoa, bem diferente de mim mas igualmente - ou muito mais - budget-oriented do que eu.

O meu irmão mais novo.

O meu irmão mais novo chama-se Fernando, é músico, vive no centro de Lisboa e tem 25 anos. Ser 25 anos e ser músico já obriga a alguma ginástica orçamental, e ele fá-lo com maestria: o puto gasta mesmo muito pouco. Aliás, está sempre a receber SMS de amigos a perguntar o que há de graça na cidade.

Assim, espero alargar a já de si enorme massa leitora deste blog a um público mais jovem e mais urbano com propostas culturais, de comidinhas, etc.

A ver se ele aparece aqui com frequência. Vá, pelo menos uma vez.

Fraldas

Sim, só usámos dodot no primeiro mês e, depois disso, quando encontrávamos em promoção. De resto, usamos marcas brancas - não tenho preferência, acho que são todas fabricadas pelo mesmo sítio.
Só que, de uns tempos para cá, as de marca branca têm vazado à noite e o bebé acorda todo molhado. Uma chatice sem fim. Mas a raça das dodots custam cerca de 20 cêntimos por fralda, contra 11 das do Pingo Doce, por exemplo.
A solução passou por usar as dodots apenas à noite, e, de dia, continuamos com as de marca branca, já as mudas de fraldas são frequentes. Assim, o pacote de 18 euros dura-nos mais de dois meses.

Um clássico revisitado

Chegar, beber um café (30 cêntimos), o Gabriel corre para a o ringue almofadado ou para os puzzles, eu pego na Time-Out ou em algum jornal do dia ou revista semanal, vejo as novidades. As pessoas são simpatissímas. Escolhemos um filme e vamos para a sala dos fantoches, vemos o filme, brincamos ao teatrinho. O Gabriel escolhe um livro e um filme e trazemos. Se precisar de consultar o mail, faço-o.

Estou a falar da biblioteca do município, algo muito pouco usado. Acho que a imagem que se tem das bibliotecas é um sítio velho cheio de cadeiras desconfortáveis, a cheirar a pó e com livros do Eça. Posso dizer que as bibliotecas actualmente podem ter puffs fofíssimos e livros muito recentes. Posso também dizer que, este ano, só comprei um livro - o resto veio de lá. E não trago só romances, às vezes trago também livros de culinária para dar uma sacudida nas coisas da cozinha ou BD para o Hugo.

Para quem gosta de "ter" as coisas, as bibliotecas também têm ponto de bookcrossing.

E se não gostarem da vossa biblioteca, procurem a seguinte. Nós, cá, frequentamos duas. No ano passado fizemos uma doação gigantesca à menor delas, voaram quase todos os nossos livros. Ontem vi um deles na secção de destaques, fiquei muito contente. :)

Hoje trouxemos: O Homem de São Petersburgo, do Ken Follett, o melhor dos Marretas, Ponyo à beira-mar e a ovelha choné. O Gabriel vibra.

Jantar fora com amigos por muito pouco

... Se viverem perto da Parede, jantem no Dom Prego: fomos na semana passada, com alguns amigos: pelo belo do prego no prato cheio de pickles e muito bem servido, bebidas, sobremesas gigantescas e café, pagámos dez euros cada.

E, no Verão, põem um brazuca a tocar teclado cá fora. Mal acostumado... Você mi deixôôô...

Há noutros sítios, não é só na Parede, mas não me recordo onde. Está escrito na ementa!

Ginástica baratinha

À procura de alternativas baratas aos ginásios e health clubs, lá fui eu aos bombeiros. Sim, as mensalidades são mais baixas, mas há tanta taxa de inscrição/taxa de sócio/taxa de agosto e o raio que o parta que os três primeiros meses saem tão caros como um ginásio normal.

Então fui à piscina municipal. As mensalidades eram mais baixas ainda, mas as tais milhares de pequenas taxas continuavam a existir.

Foi então que resolvi procurar na colectividade do bairro. Eureka! 17 eur por mês, duas vezes por semana! A inscrição? 5 eur mais o seguro! Taxas? Não há! E há também várias danças ao mesmo preço. Se eu tivesse par, encarava. E descobri que também há aulas de Qi-Cong... de graça. DE GRAÇA, as palavras preferidas deste blog.

Melhor do que isso, só ir correr para a praia ou fazer tai-chi aos domingos no parque - há em vários, é só procurar na net.

Esplanada da Quinta da Alagoa

Todos nós gostamos de uma boa esplanada, quase nenhum de nós gosta de pagar um euro por um café ou dez euros por um combinado de salsichas com ovo estrelado. E é por isso que adoramos o bar da quinta da Alagoa, porque tem mesas com guarda-sóis mesmo ao pé do lago...
... E café a 60 cêntimos. Um mimo. E, para almoçar, nada da bela da salsicha ou do bacalhau com natas congelado: há caril de camarão aos fins-de-semana, e custa seis euros, o preço do prato do dia normal num sítio sem patos.
(Hoje estivemos lá e o Hugo disse-me: esta é a melhor relação vista/preço/qualidade que conheço. E foi daí que nasceu a ideia do blog).

Fora o óbvio café a preço justo, a quinta da Alagoa é fixe por mais algumas coisas low-cost, como, por exemplo, campos de ténis gratuitos. Yap, gratuitos. Às vezes fica-se um bocado à espera - embora nunca tenha visto lá fila - , mas hoje, por exemplo, só lá estavam dois tipos a divertir-se à grande a mandar bolas. O Gabriel até ganhou uma, tal era o bom humor. :)

Portanto, desporto de graça e camarão a seis euros com vista para o lago. É assim este blog.

Uma paixão herdada

Da minha mãe, esta de gastar pouco, tendo pouco ou tendo mais um bocado. Para ela, era praticamente um hobby ver quanto conseguia poupar nisto ou naquilo e, o mais importante, mantendo a qualidade de vida: comprava roupas, saía, comia fora, divertia-se. E ganhava mesmo muito pouco, isso garanto-vos. Mas, lá em casa, não se sentia isso.

E é o que pretendo cá em casa também. Somos uma família de três, pais mileuristas (neste momento apenas um deles, na verdade), miúdo em idade pré-escolar com muita energia para gastar, não gostam de estar em casa, adoram sair de dia, de noite, nem por isso.

Este blog vai ter relatórios de passeios low-budget, lugares para ir, coisas para se fazer de graça ou com muito pouco, uma ou outra receita ocasional, coisas que correm bem, coisas que correm mal.

Vale ainda ressaltar que sou uma péssima dona de casa. Este não é, nem pretende ser, um blog de organização doméstica. Vinagre, para mim, só tem um uso, e a lixívia tem dois.

Acima de tudo, a intenção é fazer uma colectânea de dicas sobre como não notar que se tem pouco dinheiro.

E, ao contrário dos meus outros pousos virtuais, este é para ficar, crescer, ajudar. :)

Um abraço meu e da minha família!

PS - Vale ainda dizer que as minhas dicas vão, por motivos óbvios, restringir-se à minha zona - Parede, Cascais, quando muito Lisboa - e seria engraçado receber dicas detalhadas de outras zonas do país!